Áustria anuncia fim do lockdown para não-vacinados

Áustria anuncia fim do lockdown para não-vacinados

Mas na prática pouca coisa muda, já que as chamadas regras 2G continuam valendo

Em anúncio rápido e inesperado nesta quarta-feira, 26, o chanceler austríaco Karl Nehammer (ÖVP) disse que o chamado "lockdown para não-vacinados" vai terminar na próxima segunda-feira, 1 de fevereiro.

Nehammer explicou que as medidas em vigor desde antes do natal no país "estão dando certo" e que, apesar da alta no número de casos, a situação nas unidades de tratamento intensivo não está tão preocupante. Assim, não haveria mais justificativa para manter as restrições contra não-vacinados. Desde  novembro, pessoas que não se encaixam na "regra 2G", ou seja, que não foram nem vacinadas e nem recentemente se recuperaram de Covid, estavam em um lockdown rigoroso. Elas só poderiam sair de casa por motivos essenciais, como fazer compras básicas em supermercado ou passear ao ar livre - participar de manifestações, por ser um direito básico, também era permitido.

A restrição já vinha sendo criticada por especialistas que apontavam a baixa eficácia da medida que, ainda, era praticamente impossível de fiscalizar.

Vacinação obrigatória

O chanceler relembrou que a lei de vacinação obrigatória contra Covid entra em vigor também em 1 de fevereiro no país. A fiscalização só deve acontecer a partir do meio de março, mas Nehammer apelou ao 1,5 milhão de não vacinados que não esperem esse momento para se vacinar.

Apesar do fim do lockdown, pouca coisa muda para os não-vacinados no país: as atuais restrições, inclusive regra 2G para entrar em restaurantes, bares e lojas não-essenciais, continuam em vigor.

Além disso, as regras de uso obrigatório de máscaras FFP2, assim como a impopular medida que obriga bares e restaurantes a fecharem às 22h continua valendo. A "gastronomia noturna", que inclui aprés-ski e baladas, também permanece fechada.

Nehammer afirmou que a prioridade do governo é só manter restrições pelo tempo que for "absolutamente necessário". A espectativa, então, é que em duas semanas novas restrições sejam canceladas no país - a depender da evolução da pandemia, especialmente da situação em hospitais.